quarta-feira, 29 de outubro de 2008

ADE, pela leitora vencedora

ADE – Amsterdam Dance Event
Diário de bordo de uma viagem
Finalmente chegou o dia tão esperado! O da viagem para Amesterdão!A boa nova chegou por e-mail e dizia que eu tinha sido a vencedora e ia viajar até Amesterdão, Holanda, para assistir ao ADE – Amsterdam Dance Event, um dos melhores festivais de música de dança da Europa. Vivemos etapa a etapa com um entusiasmo sempre crescente e comprovamos de que o título que faz justiça.
Quinta-feira de manhã, bem cedo, já voavamos em direcção à cidade da liberdade. Mapa na mão, destino traçado. O primeiro contacto foi positivo! Toda a organização foi de uma simpatia incansável! O ponto de encontro era um hotel no centro da cidade, que partilhava a rua com as casas típicas e um canal. Muita gente na porta, muita mesmo, tentava entrar para conseguir informações, para se conhecerem e para que lhes fosse entregue a pulseira que iria dar acesso a todas as festas, a acontecer, por vezes, em simultâneo, por diversos clubs da cidade. O ponto de partida para esta grande reunião foi um taça de champagne para celebrar o vigésimo aniversário do ADE.
Paradiso, Studio 80, Melkweg, De Kroon... entre tantos outros, são nomes onde, ao longo de quatro dias a festa foi uma constante! E para animar estes sítios estavam prometido grandes protagonistas de cena electrónica actual para, também, dissipar o frio que se fazia sentir. Arriscaria a dizer que a música electrónica feita pelo mundo fora esteve concentrada no ADE ao longo deste fim-de-semana prolongado.
Desde ter um bicicleta como meio de transporte, à própria estrutura da cidade até à mentalidade holandesa, tudo foi diferente. E bom!

Vanessa Cardoso, em Amesterdão

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ADE, dia 2


Amesterdão, ADE, dia 2: 25 de Outubro
Sábado foi dia de reuniões, umas atrás das outras, para a comitiva portuguesa mas também houve tempo para descobrir algumas coisas e conhecer pessoalmente um superstar DJ, Paul Oakenfold!
Apesar de o ADE estar focado na indústria é evidente que, após vários dias de reuniões e festa, o último dia começaria mais tarde. Apesar de termos chegado à 13h30 (depois de provar um hamburger de kanguru!), só por volta das 14h30 é que o edifício do Felix Meritis enchia e começava o rebuliço das reuniões atrás de reuniões. Para mim foi óptimo, tive oportunidade de conhecer pessoalmente algumas pessoas com quem trabalho regularmente e que nunca as tinha visto antes (parece estranho, mas é bem mais habitual do que se possa pensar). Além dos encontros descobri também um produtor que descobriu um novo negócio fabricando estruturas ultra-leves, com sistemas anti-vibração, para DJs ou acts que precisam de ter uma estrutura leve e fiável nas suas actuações. Fiquem atentos à Dance Club porque teremos que partilhar esta descoberta convosco em breve. Este produtor fez esta primeira "consola" e conseguiu um cliente excelente - Paul Oakenfold - que, além de usar a estrutura na suas actuações, falou dela a amigos e outros DJs. Rapidamente surgiram mais clientes. A estrutura que estava montada num dos espaços do ADE era exactamente a que Paul Oakenfold usa e levará para a tour norte americana de Madonna, para quem está a fazer um supporting act. Foi exactamente este superstar DJ que visitou o ADE para promover a sua "consola" e, graças a isso, pudemos falar um pouco com ele.
A última noite de ADE contou com inúmeras festas, incluindo a da Minus de Richie Hawtin que alinhou 6 produtores num live excepcional. Os Addictive TV também animavam as hostes noutro club e granjeavam mais seguidores.
Esta edição do ADE saldou-se num enorme êxito, totalmente esgotada mesmo antes de começar, e a receber inúmeros elogios de profissionais da indústria. O ADE passou a fazer definitivamente parte da rota de quem trabalha na electrónica mundial.
Até ao ano que vem, em Amesterdão!

Sónia Silvestre, em Amesterdão

sábado, 25 de outubro de 2008

A Dance Club no Amesterdam Dance Event




Dia 1, 24 de Outubro de 2008. Apesar de o ADE já ter começado há dois dias só hoje aterrei em Amesterdão. O voo da TAP foi impecável. Em Amesterdão chovia, uma chuva miudinha e chata que me obrigou, no meio da correria (cheguei ao meio-dia e às três tinha que estar no ADE), a ir comprar um guarda-chuva. Quando sai do aeroporto (esperar pela mala é uma chatice), apanhei o comboio para Central Station, a estação central de Amesterdão, e daí um táxi para o hotel. No hotel, à 1h30, dizem-me que os quartos só estão prontos às 15h. Desespero! Com o charme tuga lá consigo explicar ao recepcionista loiro e frio que a essa hora tenho que estar no ADE a moderar um debate. O máximo que consegui dele foi que me dissesse que ia tentar. Fui para o bar do hotel rever o plano da conferência e o timeline, afinal só tínhamos 1 hora para apresentar a cena nacional, era uma tarefa árdua e era meu trabalho manter os timmings para que fosse possível falar de um pouco de tudo. Às 14h lá fui piscar o olho a recepcionista e consegui um quarto! A partir daí foi uma correria para chegar ao ADE que era a 15 minutos de caminho. Os 15 minutos pareceram 30 porque ia carregada com o computador e revistas para oferecer. À chegada deu para perceber logo onde era o ADE tal era a quantiade de pessoas com fitas ao pescoço com cartões amarelos que se concentravam à porta. São dois hotéis – o Dylan e o Felix Meritis – e gente a mais! O ADE deste ano está totalmente esgotado! E quem não pediu convites a tempo – como o dono do Fabric de Londres, por exemplo – ficou mesmo de fora. À entrada percebe-se porque. Uma massa de gente a percorrer os corredores mas a organização é impecável. Eu tinha muito pouco tempo para ir buscar a credencial e foi muito rápido, bastante mais despachado que no Sonar de Barcelona, por exemplo.

A “Pannel Room 2” era no último andar (não há elevador!) e ao lado da zona de imprensa. Eu precisava de subir, pedir que me imprimissem o programa e preparar tudo para fazer do painel um sucesso, algo que não dependeria apenas de mim. Ao contrário do que se possa pensar não fui a responsável pelos participantes, ou seja, apesar de ter sido eu a dirigir o debate, os convites a cada um dos participantes foram da responsabilidade do ADE. À excepção de apenas um, DJ Riot dos Buraka Som Sistema, porque me pareceu indispensável que num debate sobre a cena nacional não houvesse um representante da maior exportação musical nacional, e electrónica, do momento. Os participantes eram: Patrícia Gonçalves (Produtora, agência Xi-Coração); DJ Riot (DJ, produtor, membro dos Buraka Som Sistema); André Pinto (Danceplanet.com); d.O.t (DJ, produtor, co-fundador da Bzoing) e Nelson Flip (DJ, co-fundador da Sonic). O ambiente da sala era descontraído mas, à medida que a hora do debate se aproximava, os nervos começaram a aflorar, especialmente porque a sala demorava a ter gente. E, claro, pensámos todos que não haveria de haver gente interessada em Portugal. Enganámo-nos! Pouco antes de começarmos já a sala tinha cerca de 25 pessoas.
O esquema do debate foi de minha autoria e era o seguinte:

Objectivos:
Dar um overview da cena electrónica e de dança Portuguesa:
1. Quem são os DJs, produtores e bandas a ter em conta.
2. As diferentes cenas e a sua distribuição nacional – house, techno, trance, drum'n'bass, electro.
3. As estruturas: Clubs, bares, promotors, agêncies, lojas de discos, e de equipamento, management, agências de PR, etc.
4. O exemplo maior de sucesso da electrónica dançante Portuguesa: Buraka Som Sistema


A conversa foi animada e bem distribuída pelos tempo – conseguimos falar de tudo! - e a única falha é que não há como tocar um CD ou projectar um vídeo. Isto teria sido importante na última secção, a dos Buraka, para que pudessemos dar uma ideia do que falávamos. Mas também não foi necessário porque, como nos apercebemos no encontro informal que aconteceu após a conferência, muita gente já conhece o trabalho deles.
No público estavam pessoas bastante importantes: um dos organizadores do Festival Exit na Sérvia; O presidente da Canadian Music Week (que no final me pediu para lhe dizer quem são os Djs/acts mais importantes); A A&R dos Addictive TV; Uma vocalista nova iorquina; um label manager e dono de hotel brasileiro (foi bom ouvir falar Português!); alguns DJs holandeses que conhecem Portugal e queriam saber mais sobre o país e a cena; os responsáveis do publishing da Fabric Records que vieram porque são eles que representam os Buraka na área do publishing e são a sua editora internacional, entre outros.
O resultado foi muito bom: muita gente (incluindo o responsável do ADE que estava na sala) veio ter comigo no final para dar os parabéns. Segundo a assistência foi possível aprender alguma coisa sobre a cena portuguesa. No meu ponto de vista faltou alguém que defendesse a cena mais comercial e mainstream, por várias vezes que se destacou o trabalho de clubs como o Lux ou o Indústria no Porto, festivais como o Anti-Pop ou o Boom (este teve direito a um debate animado), mas apesar de terem sido referidos nomes como o de Pete Tha Zouk, Diego Miranda ou Mastiksoul, não houve uma voz activa em defesa da cena mais comercial que, como todos sabemos (e independentemente do gosto) tem uma expressão grande no nosso país.
Após o debate fomos para a sala contígua e foram duas horas de contactos intensos com promotores, DJs e produtores, A&Rs, artistas, etc. É nisto que o ADE é imbatível: é evidente que toda a gente está ali para fazer contactos e não há qualquer prurido em olhar para o que diz o cartão amarelo e meter conversa. O que é estranho é que, por vezes, as pessoas alinham-se para falar connosco e, pelo menos eu, senti-me num guichet duma repartição pública!
Seguiu-se uma fatia de pizza americana óptima e aprendemos que a fast food em Amesterdão é cara como o raio: por duas fatias de pizza e duas bebidas pagámos mais de 10 euros. Depois descansar um pouco no hotel. Acordar às 6 da manhã, apanhar um avião, andar a correr, moderar um debate público e duas horas de conversa com diferentes pessoas em várias línguas (o Graham, um dos Addictive TV, gozou comigo porque eu “só” falo 4 línguas fluentemente), cansam qualquer um. Fui descansar para o hotel porque a noite ainda ia ser longa (e o registo completo do ADE dá acesso ao programa diurno e nocturno! O que eu queria era que a noite tivesse 24 horas para poder ir a tudo. A quantidade de festas é enorme, a oferta de música e de DJs também, tornando a escolha do programa um verdadeiro quebra cabeças! Mas é ir minha gente, é só ir!
Sábado há mais e podem contar com a “reportagem” completa aqui no blog da vossa Dance Club.

Até já!

Sónia Silvestre, em Amesterdão

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Oferta 10 Músicas/DJ Download corrigida!

A oferta publicada na última edição Dance Club - 10 músicas no site djdownload.com - e que no inicio do mês teve alguns erros, já foi corrigida e já está operacional!
Sigam as instruções publicadas na revista de Outubro.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

domingo, 12 de outubro de 2008

Errata Dance Club Outubro: Preço de Capa + DJDownload

Na edição de Outubro existem 2 erros que só agora foi possivel detectar:

Preço de Capa
- Em algumas zonas do país a revista pode encontrar-se sem preço marcado. Informamos que o preço é o mesmo de sempre - 4,95€ - e o cd em venda opcional - "Go Clubbing" - tem um preço adicional de 10€.

DJDownload.com
- Não foi publicado correctamente o código que dava acesso ás 10 músicas grátis para download. O código será publicado na edição de Novembro.

As nossas desculpas por qualquer incómodo causado por estes "bugs".
Alguma questão ou dúvida, podem inserir nos comentários deste blog.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Dance Club Outubro - Já nas Bancas!

Editorial
Muito pouco se fala do djing no feminino, ou quando se fala é mais dos atributos “pessoais” do que profissionais. Miss Sheila é uma excepção a esse padrão, com uma carreira construida de forma sustentada no underground, a pensar no longo prazo. Confirmem na entrevista de capa desta edição. Outros destaques nacionais vão para a dupla João da Silva & Lino, um dos nomes que surgiram nas primeiras edições de “Future Club”(compilação da Dance Club dedicada aos novos talentos), e que em 2008 já assinaram por 11 editoras internacionais! Podem encontrar um tema da dupla no CD grátis deste mês. Também no CD incluimos um tema de Speed J, que volta à produção depois de um interregno de 2 anos, 16 Bit Lolitas djs/produtores holandeses que inauguram as compilações do histórico beach club Warung, no Brasil, Thomas Schwartz, um nome a descobrir entre as produções da The Clubbers, e Dupla Consciência a destacar o especial hiphop deste mês, com capa do controverso Lil Wayne. Destaque final nesta edição para Chemical Brothers, de regresso com uma compilação de clássicos; BurakaSomSistema - publicamos um guia exclusivo do novo álbum, comentado pelos próprios; e Dave Clarke que assinou a excelente compilação “Back In The Box”.